quinta-feira, 1 de maio de 2008

Uma Testemunha Tardia

Façam-me o favor de ler essa crônica do Ruy Vasconcelos sobre o atendimento nos bares de Fortaleza: Cultivados grãos de um sadismo datado. Não precisa agradecer. O texto tem significado especial pra mim porque o péssimo serviço dos garçons fortalezenses sempre me pareceu um grande mistério. Como o próprio Ruy lembra, nós fortalezenses somos tidos como simpáticos e hospitaleiros. Mais intrigante ainda: os vários garçons cearenses que encontro em São Paulo são excelentes, exemplos de simpatia e hospitalidade. O que poderia ter ocorrido? Só fui descobrir agora porque era novo demais pra frequentar bares no começo da década de 90, mas bem que devia ter desconfiado.

Ontem mesmo fui a um dos bares-restaurante mais reputados de Fortaleza, desses que aparecem nas listinhas da revista Veja. Um garçom passou apressado e derrubou minha cerveja quase inteira. Trocou a toalha e, para o meu espanto, nada de trazer uma cerveja nova. Chamei o chefe (aquele mais arrumadinho) e perguntei por que não traziam outra. Resposta: eu devia ter falado com ele antes. Em bares fortalezenses, você está sempre errado.

Por muito tempo procurei palavras para descrever a postura desses luminares do atendimento. Ruy acerta na mosca: agem com 'desfaçatez e calculado cinismo'. Quando chamados, fingem que não ouvem e apressam o passo; há um apelo urgente vindo da cozinha ou de um cliente perdido no horizonte. Se um casal pede comida do restaurante, um dos dois tem de ser servido primeiro; passado tempo suficiente para que ele dê cabo ao lanche, chega o pedido do outro. A bebida, para a decepção geral dos sádicos, não é mais servida quente graças aos avanços galopantes da engenharia.

Já escrevi três parágrafos e ainda não dei um jeito de meter os EUA no meio! Faço-o agora: o atendimento lá é sempre bom porque os garçons trabalham com gorjeta (Ruy fala em boas gorjetas no Estoril; se não se tratar de truque retórico confesso-me desiludido). Alguém pode lembrar que temos os famosos 10%, mas no Brasil não se trabalha pelo que não se pode perder. Em São Paulo a gorjeta não é incomum, embora ainda se confunda um pouco com uma espécie de suborno amigável. O cliente suborna o garçom (especialmente se tiverem algo de grande relevância em comum, como o estado de origem ou o time do coração) e o garçom retribui com presteza e eventuais chopps gratuitos. Aqui não há diálogo; o garçom está sempre preocupado com espectros que lhe sugam a presença.

A verdade aparente é que o bom garçom está sempre querendo deixar de ser garçom (no caso dos EUA) ou pelo menos ficar menos pobre. É o bom e velho Capital operando suas maravilhas. Não vejo por que isso deve ser incompatível com relações mais cordiais na mesa do bar. É bem verdade que o fortalezense continua maciçamente esquerdista, mas a morbidez, pelo que pude perceber, já é coisa do passado. Precisamos importar garçons cearenses.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A Valediction: Forbidding Mourning

AS virtuous men pass mildly away,
And whisper to their souls to go,
Whilst some of their sad friends do say,
"Now his breath goes," and some say, "No."

So let us melt, and make no noise,
No tear-floods, nor sigh-tempests move;
'Twere profanation of our joys
To tell the laity our love.

Moving of th' earth brings harms and fears;
Men reckon what it did, and meant;
But trepidation of the spheres,
Though greater far, is innocent.

Dull sublunary lovers' love
—Whose soul is sense—cannot admit
Of absence, 'cause it doth remove
The thing which elemented it.

But we by a love so much refined,
That ourselves know not what it is,
Inter-assurèd of the mind,
Care less, eyes, lips and hands to miss.

Our two souls therefore, which are one,
Though I must go, endure not yet
A breach, but an expansion,
Like gold to aery thinness beat.

If they be two, they are two so
As stiff twin compasses are two;
Thy soul, the fix'd foot, makes no show
To move, but doth, if th' other do.

And though it in the centre sit,
Yet, when the other far doth roam,
It leans, and hearkens after it,
And grows erect, as that comes home.

Such wilt thou be to me, who must,
Like th' other foot, obliquely run;
Thy firmness makes my circle just,
And makes me end where I begun.

John Donne (1572-1631)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hollywood Way

Vejam o vídeo acima atentamente. Não sei se ainda transmitem comerciais assim tão apologéticos; é de se supor que não. Estive pensando num símile adequado pra descrever a sensação que tenho quando vejo comerciais do tipo. O melhor a que cheguei é esse: é como ver um vídeo do Papai Noel distribuindo presentes quando ainda se acredita em Papai Noel. Não, meu caríssimo e insuportável antitabagista de plantão, não quero dizer com isso que há ingenuidade em ver alguma relação estrutural entre fumo e esportes radicais. (Aliás, se ingenuidade significa subtrair algo de prazeroso de algo visto com condescendência pela maioria, pode até ser, mas vou me ater à acepção tosca da palavra.) Quero dizer que, em ambos os casos, abstrai-se o supérfluo para aferir o óbvio: no primeiro, afere-se que fumar é bom (para os fumantes, claro) apesar de fazer mal à saúde; no segundo, que ganhar presentes é bom apesar de Papai Noel não existir.

Por que não pensar em qualquer outra comparação em que o mesmo ocorra? É porque nos casos acima o supérfluo raramente é reconhecido como tal. O fato de Papai Noel não existir incomoda tanto algumas pessoas que a própria idéia do Papai Noel deixa de fazer sentido pra elas. Da mesma maneira muita gente não consegue ver que fumar pode ser prazeroso só porque faz mal à saúde. Mas fazer mal à saúde é supérfluo nesse caso. E daí que faz mal à saúde? Isso significa que o sujeito vai pegar um câncer de pulmão, não que fumar vai deixar de ser bom. As pessoas parecem ter uma dificuldade enorme em entender que o que é importante num contexto pode deixar de sê-lo em outro.

O que vai acima pode parecer óbvio (e é mesmo), mas tenho a impressão de que todo não-fumante acha que o fumante não gosta de fumar. Fuma por falta de opção, porque já está viciado, ou porque entrou num clube empenhado em incomodar o resto da humanidade. O testemunho oficial e um tanto quanto patético da maioria dos fumantes ajuda a aumentar a confusão: 'quero largar essa porcaria', com o pressuposto implícito de que não há qualquer motivo racional pra não largar. Possível objeção: isso é doidice minha, é óbvio que os fumantes gostam de fumar. Considerem então a situação que presenciei dia desses:

X (não-fumante): A piteira é interessante, evita que as mãos fiquem com cheiro de cigarro.
Y (fumante, tentando ironizar): Então pra mim ela é desnecessária, gosto do cheiro de cigarro.
X (incrédulo): Você gosta do cheiro de cigarro!?

É mais ou menos como perguntar a alguém que gosta de café: 'Você gosta do cheiro de café!?' O que poderíamos responder além de what have you been smoking, son?

Há uma certa inquietude, um certo desconforto no fumante atual: o sujeito fica olhando em redor e pra si mesmo pra ver se fumar é a única besteira que está fazendo. Hoje esses comerciais do Hollywood não fazem mais sentido; é como se tivessem descoberto de repente que o Papai Noel é racista ou pedófilo. O próprio fumante sente certa culpa ao assisti-lo; afinal, não passa de uma idéia engenhosa de alguma alma nojenta que vive de explorar a ingenuidade alheia. Voltamos a ser criancinhas, mas sem a parte boa.

sábado, 12 de abril de 2008

Potência Desperdiçada

Primeiro reparo. É bobagem afirmar que a vida começa com a concepção. Tanto o óvulo como o espermatozóide já eram vivos antes de se unirem. O que dá para dizer é que a fusão dos gametas marca a criação da identidade genética única do que poderá tornar-se um ser humano, se as condições ambientais ajudarem. Temos, portanto, um ser humano em potência, para utilizar a distinção aristotélica, autor tão caro à igreja. E não faz muito sentido embaralhar potencialidades com atualidades; afinal, no longo prazo somos todos cadáveres.
O trecho acima, caso ainda não tenham reconhecido tão peculiar desenvoltura, é do Hélio Schwartsman, colunista da Folha (havendo estômago para tanto, leia a íntegra do artigo aqui). Façamos então um primeiro reparo ao reparo de Schwartsman: ninguém afirma que a vida começa com a concepção; afirma-se que a vida humana começa com a concepção humana. Particulamente não conheço muitos pesquisadores pro-life (obviamente, não conheço nem se conhece ninguém em lugar nenhum) que neguem que espermatozóide e ameba tenham vida também.

O mais curioso é que Schwartsman reconhece a diferença essencial entre gametas isolados e óvulo fecundado: este último pode vir a se tornar um ser humano tal como os encontramos nas ruas. Mas que importância tem essa potência se seremos todos cadáveres um dia? Seguindo a mesmíssima lógica, que importância tem qualquer coisa se seremos todos cadáveres um dia? Imagino que o problema aqui seja, como quase sempre ocorre, de falta de imaginação: se o óvulo fecundado tivesse a aparência de um bonequinho microscópico o problema desapareceria. Toda a questão acaba se resumindo à percepção sensorial, o último e único refúgio dos materialistas: o porco sente dor, não se pode matá-lo; o feto, até certo ponto, não sente, então pode-se matá-lo.

Chesterton era conhecido como príncipe dos paradoxos não por escrever paradoxalmente, mas por perceber paradoxos na argumentação dos outros. Um paradoxo que não lhe poderia escapar é esse: os que defendem o aborto e a pesquisa irrestrita com células-tronco são, em geral, os mesmos que acreditam numa origem 'evolutiva' da vida (aquela que surge com a combinação de alguns elementos químicos e uma sorte danada). A argumentação avança da seguinte maneira: existe uma probabilidade minúscula de que a vida tenha surgido assim, então devemos abracá-la como hipótese mais plausível e reconhecer que tudo o que temos hoje, matemática, cinema e carros elétricos é graças a ela. Já a probabilidade bem maior de que o embrião venha a se tornar um ser humano deve ser desprezada porque, ora vejam, existe uma probabilidade também grande de que ele venha a ser descartado ou perdido. Está-se a desperdiçar diariamente mecanismos bem mais viáveis que a, segundo eles mesmos, origem da vida! Samuel Johnson, numa frase que hoje já deve ser citada até em gibi da turma da Mônica, dizia que o patriotismo é o último refúgio dos patifes. Hoje o último refúgio dos patifes é a probabilidade.

Pra testar esse meu novíssimo aforismo, basta perguntar a alguém que acredita na origem espontânea da vida se ele acredita na improvável possibilidade de a força gravitacional falhar amanhã. Não vai acreditar, e não vai acreditar porque a probabilidade é minúscula. Se me pedem pra provar que a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, faço um desenho e demonstro; se me pedem pra provar que a gravidade deve funcionar amanhã, o melhor que posso fazer é rezar (Newton rezaria).

Vejam como a probabilidade é sempre usada de maneira conveniente: a pesquisa com células-tronco embrionárias deve ser propugnada e até financiada pelo estado porque existe uma probabilidade minúscula de os cientistas conseguirem controlar seu desenvolvimento. Maureen L. Condic, professora de neurobiologia e anatomia na Universidade de Utah (leia o artigo dela na First Things aqui) chega a concluir que as dificuldades (científicas) são tamanhas que o mais sensato seria continuar a pesquisa com células-tronco adultas. A vantagem das células-tronco adultas é que, além de não levantarem questões éticas espinhosas, têm dado resultados mais palpáveis.

A resposta que comumente se dá a tanta sensatez é que ainda não há bons resultados com células-tronco embrionárias precisamente porque não se pesquisou o suficiente. É assim que se troca, mui graciosamente, a certeza de um problema ético pela possibilidade de um avanço científico. O sujeito que pensa assim tem tanta fé em ciência quanto o fundamentalista religioso tem fé em sua religião. Paradoxalmente, o fanático cientificista deplora o fanatismo religioso. Paradoxalmente, os príncipes do paradoxo somos nós.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Com Humor

Estava lendo um artigo sobre aborto e o sujeito mencionou o filme Juno por algum motivo. Resolvi ver. O filme é engraçadinho, e ainda não sei se isso é bom ou ruim.

Confesso que nunca conheci uma menina que tenha ficado grávida aos 16 anos; provavelmente não conheço ninguém que conheça. Convivi por um ano com adolescentes americanos de 17, 18 anos mas era um grupo bem restrito. No filme, o que mais me espantou foi a reação da Juno ao descobrir que estava grávida. Ligou pra uma amiga e a amiga já foi perguntando se queria que ela ligasse pra clínica de aborto. Tudo mais ou menos natural e automático.

Resolvi ver o filme porque ouvi dizer que Juno desistia do aborto quando lhe diziam que um feto de 2/3 meses já deve ter unhas. Imaginei logo algum tipo de crise de consciência, uma exegesezinha moral ainda que em nível infanto-juvenil (parece que a roteirista ganhou o Oscar -- estaria eu exigindo muita coisa?). Haja burrice! É claro que não se sabe ao certo por que Juno desistiu da idéia (o filme não está interessado nisso), mas ela explica a decisão pra amiga lembrando que a clínica cheira a consultório odontológico e que a recepcionista é pervertida.

Posso estar errado, mas esse é mais um daqueles filmes cuja mensagem principal se reduz a 'sejamos doidinhos e divertidos, mas com limites'. A idéia é que, por mais irresponsável que a pessoa seja, tudo vai dar certo no final se ela for do 'bem', tiver boas intenções etc. Juno é bem simpática, tem umas tiradas engraçadas; está claro que ela é do bem.

O problema com esse tipo de raciocínio é que, quanto mais ele avança, mais se perde a capacidade de definir critérios para o que é certo e errado, bom e ruim etc (ou, o que é pior, os critérios passam a ser de uma puerilidade assustadora, podendo ser substituídos sem muita cerimônia). Isso é visível no filme inteiro: o pai adotivo que Juno arranja pro seu filho é legal porque toca guitarra, gosta de filmes de terror e é simpático. A mãe adotiva, que é quem está realmente interessada na adoção e lê a torto e a direito sobre parenting, aparece como um incômodo, uma esquisitona. Num momento emblemático do filme, em que Juno vai visitar o Mark, o pai adotivo, esse último declara aliviado: 'we're free', isto é, Vanessa, a mulher dele, não se encontra em casa. Já consigo perceber os olhares acusatórios: é exagero, paranóia, teoria da conspiração; Mark só quis dizer que estavam livres pra conversar bobagens. Pode até ser. Mas o restante do filme me permite essa extrapolação de picuinhas.

A essa altura é natural perguntar: onde estão os pais de Juno, o que eles acham disso tudo? Juno fica ansiosa antes de contar tudo a eles; chega a implorar clemência! Não sei se isso foi a sério ou apenas uma genuflexão aos tempos em que esse medo todo realmente faria sentido. Depois de poucos segundos e alguns suspiros o pai de Juno já fazia piada com o pai do pequeno indesejado ('não imaginava que ele seria capaz...'). É isso aí: com humor a gente se ajeita.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Em Má Companhia

A autoridade, ou a falta dela, é um dos atalhos mentais mais úteis que conheço. É claro que ninguém deve defender a pena de morte apenas porque Tomás de Aquino a defendia ou porque Mano Brown a repudia, mas ambas as constatações, ainda que isoladas, deveriam nos fazer desconfiar que há algo de interessante nela. Tudo bem que desconfiança apenas não é suficiente pra mudar de idéia, mas não deixa de ser necessária.

Vejam a situação do rock: eu mesmo gosto de muito rock antigo, mas depois que você vai a um show e se vê cercado de trogloditas imundos e vestidos de preto não há como não concluir que há algo de errado com o rock. Seria muito implausível supor que esse séquito bizarro é obra do acaso, que não há nada na essência do rock que nos leve diretamente a tanta bizarrice. E não adianta pensar 'poxa, por que eles não agem, pensam e se vestem decentemente como eu?'. Você que é a exceção. Você está errado.

Fiquei com vontade de ler o The Closing of the American Mind, do Allan Bloom, por causa de seus comentários sobre o rock, apesar de eles ocuparem poucas páginas do livro. Mais uma vez parti do princípio da autoridade: se tanto rockeiro chiou é porque ele devia estar certo. Lido o livro, concluo que estava mesmo. Adianto desde já que sou analfabeto em teoria musical (ao que tudo indica Bloom também era) e que isso é irrelevante nas críticas que seguem.

Falei críticas mas na realidade são todas facetas de uma mesma: o rock como gratificação imediata. O rockeiro está tão acostumado à satisfação imediata do ímpeto musical que geralmente se perde ou tem preguiça de acompanhar 'peças' com mais de 10 minutos. Se o clímax demora a chegar, perguntam logo: 'a música não vai começar?'. Já falei aqui do sujeito que gritou 'Toca Raul!' no show do Jethro Tull enquanto eles executavam uma versão mais longa e 'clássica' (com violinos) de Aqualung.

Bloom observa que nunca antes a música esteve tão presente na vida do jovem; não é incomum ouvirmos declarações do tipo 'música é a minha vida etc.' E no entando essa música a que eles se referem é bem restrita, para não dizer rock/blues/jazz apenas. Isso fica fácil de verificar, pelo menos pra mim, quando vejo que conheço mais música clássica (e conheço pouca) do que alguns colegas que conhecem rudimentos de teoria musical e que sabem tocar até mais de um instrumento. A noção corrente é a de que música realmente boa é imediatamente reconhecível como tal; qualquer esforço envolvido significa falha na música, não nossa. Bloom reparou que geralmente era ele quem apresentava Mozart aos seus estudantes fascinados por música.

Qual a relação, então, entre o rock e seus seguidores sinistros? Platão dizia que a música anima os impulsos mais bárbaros no ser humano; sendo assim, parece natural que a música seja tão mais 'bárbara' quanto menos tentar disciplinar esses impulsos. Já o rock pode ser definido como a ausência mesma de qualquer disciplina: uivos e grunhidos são aceitáveis caso se coadunem com o ritmo. O costume não é musicar a letra, é letrificar, de maneira inteligível ou não, a música:
Rock music provides premature ecstasy and, in this respect, is like the drugs with which it is allied. It artificially induces the exaltation naturally attached to the completion of the greatest endeavors -- victory in a just war, consummated love, artistic creation, religious devotion and discovery of the truth. Without effort, without talent, without virtue, without exercise of the faculties, anyone and everyone is accorded the equal right to the enjoyment of their fruits.
Rockeiros mundo afora: estamos em má companhia. E isso pode significar mais do que parece.